Manhã de sábado, companhia agradável, assuntos de grandes impactos e ambos leoninos.
Talvez sábado fosse o dia ideal para adentrar os assuntos em dia, programar viagens ao exterior, marcar uma balada em trio do jeito que um verdadeiro leonino gosta. Tudo dentro de um padrão sistematizado. Além daqueles gestos que só um consegue decifrar do outro.
Tempo acelerado, felicidade constante e momentos de alegria. Exatamente isso que possa definir o nosso sábado.
Então, atravessamos de uma calçada para outra. Digo com o coração, a emoção aconteceu precisamente naquela hora. Tinha me encontrado com uma pessoa que se tornou especial apartir daquele encontro. Coisa que eu jamais poderia imaginar.
Apesar de lhe ter visto antes em uma terça-feira, e ficar libertinamente preocupado com algumas palavras ditas. Tudo por causa da minha fala. Acho que no dia lhe tratei com ignorância, mas eu estava dentro dos meus padrões. Só tomei a medida certa, coisas que qualquer herdeiro entenderia.
Digo que não foi com tanta ignorância, mas sim com um tom vocacional maior. Pedi aquela moça, com uma aparência simples, a se retirar de dentro da propriedade privada por méritos justos. E ela de imediato se retirou. E lhe perguntei: O que faz aqui? Ela me respondeu: - Gosto de escrever, só sentei embaixo dessa árvore para escrever. Então lhe respondi: É bom a senhora procurar outro lugar para escrever, minha família é um pouco sistemática e daqui a pouco pode vim aqui reclamar com você ou causar outros problemas maiores. Ela me pediu desculpas e ficou fora da propriedade debaixo de um coqueiro em uma tarde ensolarada.
Mas algo tinha chamado a minha atenção naquele momento. Talvez tenha sido por sua extrema educação a conversar comigo e principalmente o respeito. E logo fiquei preocupado me perguntando. Será que ela está com algum problema? Será que ela está precisando de alguma coisa? O que será que lhe trouxa até aqui? E fiquei me questionando a semana toda.
E foi evidente a esse sábado acelerado que pude lhe reencontrar novamente após ter mudado de calçada. Ela me olhou de longe. Estava claro que ela se lembrou de mim, ia até passar com a cabeça baixa quando me viu. Pude confirmar que as coisas com ela não estavam indo muito bem.
Calmo e atento a tudo, iniciei uma conversa com ela que durou cerca de 1 hora e 30 minutos. A primeira coisa que lembro que fiz, foi lhe pedir desculpas pelo ocorrido e ter explicado novamente o motivo talvez mais claro. Ela me disse, “Não foi nada, você fez a coisa certa”. Mesmo assim intacto e firme, mantive o diálogo que se estendeu por quase duas horas. Acabei descobrindo que o seu nome é ROSÁRIA. Nome tão bonito, pensei.
O que mais me chamou a atenção foi porque Rosária tinha me dito que gostava de escrever. E essa era a única coisa na qual eu sabia sobre ela, mas nada. E acabei me aprofundando em sua vida pessoal a cada conversa.
Tinha dito a ela que era estudante de jornalismo e falei: admiro muito as pessoas que gostam de escrever. Não queria ter tirado a sua concentração. E lhe perguntei: Você foi ao local para se inspirar, né?
Rosária me respondeu que sim e começou a dar seqüência a um diálogo permanente sobre o histórico de sua vida pessoal. Contou-me que era estudante de letras e que chegou a cursar até três períodos na faculdade. Ainda comentou sobre seus sonhos. Eu super alerta a tudo lhe perguntei: E porque desistiu do seu sonho? Rosária, enobrecida, tinha me dito que ficou doente em cima da cama cerca de um ano com todos os movimentos do seu corpo paralisado; e que teve que recomeçar a sua vida tudo de novo depois da doença
E segurei as minhas lagrimas de pura emoção. E pensei, você vai vencer, eu também cai e me levantei. Talvez esse obstáculo que a Rosária esteja passando tenha sido para ganhar mais força e continuar acreditando em si mesma a cada dia. Foi quase a mesma coisa que aconteceu comigo. Só troca as palavras ‘Doença’ por ‘Amor’.
Na sucessão me despedir de Rosária sem o peso na consciência. E fiz a última pergunta: - O que estava escrevendo naquele dia? Rosária me disse que era um texto para sua irmã recém formada que havia conseguido terminar a sua faculdade. Onde na qual eu logo percebi que o sonho da Rosária era terminar o seu ensino superior apesar de ter recomeçado. Recordo-me de que o texto falava sobre “O que é um caminhar dentro da faculdade.”
Cultura e inteligência foram os pontos mais altos da conversa. Terminamos os assuntos. Mas ainda senti que ela estava disposta a me contar outras coisas além do que tinha me dito. E minha amiga que estava ao meu lado, também do signo de leão, ficou alerta ao nosso diálogo e surpresa de como eu consegui segurar a emoção por tanto tempo.
Voltamos a conversar como se nada havia acontecido durante aquele tempo estendido. Era claro que a minha amiga, Mari, também sentiu a mesma emoção que eu. Era óbvio. Afinal ela estava ao meu lado. Presenciou tudo. Talvez o que lhe deixou admirada foi a minha atitude formidável com Rosária. Simples e indefinível.
Bruno Coelho
Lindo texto e linda lição de vida. Parabéns!
ResponderExcluirBOMMMMMMMMM
ResponderExcluirDIAAAAAAAAAAAAAAAA
BRUNO!!!
BOA SEMANA!!!
BELA IMAGEM\POSTAGEM!!!
bjs Amigo
Quero te convidar para conhecer meu blog www.odeliriodabruxa.blogspot.com
ResponderExcluirGostei muito do seu blog e por isso te sigo.
Abraço
Denise
Bom Dia Amigo Pensador!!!
ResponderExcluirComo tens passado???
Abçs
Cheguei e me deparei com um texto enorme, ao le-lo me deparei com tamanha intensidade, muito maior do que as palavras, talvez do tamanho de seus pensamentos!
ResponderExcluirGrande abraço.
Muito bom texto... Intenso, forte e com moral. Gostei do que li e do blog, estou seguindo também! Você escreve muit bem, gostei. =)
ResponderExcluirParabéns pelo texto amigo! admro pessoas que gostam e sabem escrever bem...gostei MUITO do seu cantinho! tâo por aqui hj e sempre!
ResponderExcluirAbraços...
Sentimentos aleatórios lapsos intensos, continua sempre na sequencia profunda conversa contemplativa... assim o texto vai caminhando as primeiras linhas os deuses ajudam depois é o Bruno que toma a direção de uma forma genial.
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