Sentado à beira-mar, relembrando coisas e analisando um dos maiores registros de cada olhar secular transformado em contemporaneidade. A fotografia.
Gestos, sorrisos, abraços, beijos entre outras diferentes expressões que mostram a essência do amor nas imagens. É bom ser querido, melhor mesmo é poder observar de suas próprias artes o amor em cada traço de sua face. Tudo faz sentido. Tudo é demonstrado.
É nessas horas que faço uma pequena dissolução da palavra “Afeto”, o símbolo que agrega o valor do amor centrado de uma emoção onde todos os estímulos são qualitativos. É graças a essas cinco letrinhas que eu posso, sem querer, expressar um dos sentimentos mais ricos e de notória aprendizagem, e além de tudo, poder mostrar sem fazer nenhum brio.
É como se cada aceno saísse por livre vontade, automático, sem esforço, do nada e em poucas observações às traduções empíricas do poder da representação.
Fotografias que ficaram para o resto da vida guardada em minha contemplação. Dentro de uma caixinha á sete chaves, sejam elas após fechar os olhos e pensar em momentos que havia como fonte de perseguição, o amor, em minha vitalidade e vivência.
Também é de extrema importância falar dos valores que são difíceis de retorquir-se, das coisas que já aconteceram e que se repete quase sempre aleatoriamente. Uma visão profunda, feita somente por mim e focada para o resto da vida em minha alma, parece estranho mais a lágrima caiu.
As minhas fotografias não escondem nenhum segredo, pelo contrário, revela todos. Na verdade, saudades não é o que sinto. Às vezes tenho a sensatez leveza que sinto falta dos que ficaram para trás e das pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de me conhecer. Eu sempre foquei nos instintos que tocam na pele. Posso até dizer que sou privilegiado.
Por enquanto, faço questão de deixar as pessoas desvendarem o que elas mesmas tentam fazer, com modelos de fotos minhas. Onde o que fica sempre na memória, é o puro sabor do amor.
Bruno Coelho